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Servidores da saúde deflagram greve por tempo indeterminado em Teresina

Servidores municipais não aceitam retirada de gratificação por insalubridade.
Prefeitura de Teresina diz que atendeu todas as reivindicações da categoria.

Assembleia que decidiu pelo início da greve na saúde pública de Teresina (Foto: Divulgação/Sindserm)
Assembleia que decidiu pelo início da greve na saúde pública de Teresina (Foto: Divulgação/Sindserm)

Após a prefeitura de Teresina descontar dos trabalhadores da saúde pública municipal o adicional de insalubridade e negar o retorno do benefício durante encontro com representantes dos servidores, a categoria realizou assembleia geral nesta sexta-feira (10) e decidiu pelo início da greve por tempo indeterminado.

Em nota, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) afirmou estar surpresa com o movimento e que todas as reivindicações apresentadas durante a reunião foram cumpridas. O órgão informou que os laudos que sustentam a retirada da gratificação foram disponibilizados e que quem tiver o direito legal à insalubridade será pago em folha suplementar (confira a íntegra da nota no fim da matéria).

Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm), a greve iniciou na tarde dessa sexta-feira abrange servidores das Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Assistência Psicossocial (CAPS), atendimentos de consultórios de rua, o Núcleo de Apoio ao Programa de Saúde da Família, Vigilância em Saúde, Vigilância Sanitária, Vigilância Ambiental e Zoonoses.

O presidente do Sindserm, Sinésio Soares, afirmou que a greve vai também cobrar o reajuste salarial dos trabalhadores da saúde. “O principal motivo para a greve foi a retirada da gratificação. A gente fez uma ocupação, a FMS (Fundação Municipal de Saúde) nos recebeu, mas se negou a devolver o adicional por insalubridade. Demos um prazo legal de 72 horas para que revisem a resposta, mas eles negaram. Agora, além da greve, vamos apresentar a nossa pauta de reajuste salarial”, afirmou.

O sindicato afirma que a prefeitura de Teresina retirou a gratificação sem qualquer comunicação ou conversa com os servidores atingidos e que a assessoria jurídica do Sindserm não encontrou respaldo legal para a decisão.

“O fato é que foi retirado sem comunicação nenhuma das categorias, o que mostra um completo desrespeito com todos os atingidos. Quando o servidor tem uma gratificação, ele se programa para receber aquele valor. Tem pessoas que chegaram a perder 40% do que recebia. É um baque enorme para trabalhadores que já vivem no limite e acumulam perdas salarias de 36% nos últimos anos”, disse Sinésio.

Para o sindicalista, a decisão pela retirada da gratificação foi tão absurda que os trabalhadores do Samu também perderam o adicional, mas sequer foram citados nos laudos apresentados pela prefeitura de Teresina.

Nota da Fundação Municipal de Saúde (íntegra)
O presidente da Fundação Municipal de Saúde, Silvio Mendes, afirma que respeita o direito dos trabalhadores e, por este motivo, recebeu extra agenda, na segunda-feira (6), os representantes das categorias da área da saúde e do Sindserm para discutir sobre a questão da insalubridade.

A FMS, no entanto, for surpreendida com a indicativo de greve por tempo indeterminado convocada  hoje pelo do Sindserm. Todas as reivindicações do sindicado foram atendidas durante o encontro na FMS,afirma Silvio Mendes. Os laudos de avaliação sobre a insalubridade foram entregues às categorias para análise e disponibilizado no site da Fundação (www.fms.teresina.pi.gov.br/documentos) de acordo com a reivindicação dos profissionais.O acordo fechado entre a presidência da FMS,Sindeserm e categorias foi de que após análise dos laudos quem tiver direito legal a insalubridade será pago em folha suplementar.

Participaram da reunião e fecharam acordo com a FMS os representantes das seguintes categorias:Samuel Rego,pelos Médicos; Joniane Moura,psicólogos; Auriane Coutinho,fisioterapeutas; Wendel Marques,enfermerios,técnicos e auxiliares de enfermagem;José Neto Gonçalves,educadores físicos. Ancelmo Pinheiro e o advogado do Sindserm,Cayro Bulamarqui,fecharam acordo pelo sindicato.

Fonte: G1/PI

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