A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada na manhã deste sábado (22), ocorreu após o Centro de Integração de Monitoração do Distrito Federal registrar a violação da tornozeleira eletrônica usada pelo ex-mandatário. Segundo o relatório enviado ao STF, o equipamento foi violado às 0h08, o que levantou suspeitas de tentativa de fuga.
A ordem de prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que destacou em sua decisão que a ação “constata a intenção do condenado de romper o equipamento para garantir êxito em sua fuga”. A Polícia Federal cumpriu o mandado na residência de Bolsonaro, no Jardim Botânico, em Brasília, de onde ele foi levado para a Superintendência da PF.
A corporação também informou que a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), na noite anterior, em frente ao condomínio do ex-presidente, elevou o nível de risco e influenciou o pedido de prisão preventiva.
A detenção gerou críticas entre aliados, que chamaram atenção para o fato de ocorrer justamente no dia 22, número utilizado pelo PL nas urnas. Segundo fontes da investigação, no entanto, a medida foi tomada exclusivamente após a violação da tornozeleira e a avaliação de risco.
A decisão será submetida a referendo da Primeira Turma do STF em sessão virtual extraordinária marcada para segunda-feira (24), quando será definido se a prisão preventiva será mantida ou revogada.




