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Megaoperação mais letal da história do Rio de Janeiro deixa 64 mortos, sendo 4 policiais

OPERAÇÃO CONTENÇÃO — Uma megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou pelo menos 64 mortos e resultou na prisão de 81 pessoas nesta terça-feira (28). A ação, considerada pelo governo do estado a mais letal da história do Rio, faz parte da estratégia para conter a expansão do Comando Vermelho na cidade.

Segundo o Palácio Guanabara, o confronto começou na madrugada, quando traficantes reagiram a abordagens disparando armas e incendiando barricadas. Durante a operação, 60 suspeitos e quatro policiais foram mortos, e três civis inocentes ficaram feridos. Foram apreendidos 31 fuzis e cumpridos 69 mandados de prisão em 180 endereços.

A operação envolveu 2.500 agentes, incluindo policiais civis da CORE (Coordenadoria de Recursos Especiais), delegacias especializadas e distritais, além de unidades da Polícia Militar, COE (Comando de Operações Especiais) e da região metropolitana. Foram utilizados drones, dois helicópteros, 32 veículos blindados e 12 veículos de demolição, além de ambulâncias para atendimento emergencial.

 

Segundo o governo, os criminosos chegaram a usar drones para lançar explosivos contra as equipes e a população na Penha. A operação também resultou na prisão de líderes do Comando Vermelho, incluindo o operador financeiro de Edgar Alves de Andrade, o Doca, principal liderança do grupo na região, e outros responsáveis pela gestão do tráfico, controle de pontos de venda e ordens de assassinatos.

 

O governador Cláudio Castro destacou que a ação é resultado de mais de um ano de investigação e 60 dias de planejamento, mas criticou a falta de apoio federal. “Essa operação tem muito pouco a ver com segurança pública. É um estado de defesa. O Rio está sozinho”, afirmou.

 

Moradores relataram intensos tiroteios e dificuldade de deslocamento desde o início da operação. Algumas unidades de saúde da região suspenderam atividades temporariamente. Os presos foram levados para a Cidade da Polícia, e familiares dos policiais mortos receberam apoio das forças de segurança.

📸 Divulgação

Fonte: Gazeta

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